A análise de crédito está mais presente no nosso cotidiano do que podemos imaginar. Se você está planejando alugar um imóvel, por exemplo, deve saber que qualquer imobiliária fará uma averiguação do seu perfil a fim de avaliar se você possui as condições necessárias para arcar com a dívida assumida. Se trata de um cuidado extra das empresas com o intuito de finalizar uma negociação. Sendo assim, várias questões da vida do solicitante são levantados, como a capacidade financeira de pagar os aluguéis, a situação do nome na praça, entre outros.

No caso de locação de um imóvel, a análise verifica os dados e documentos dos locatários que vão compor renda no contrato e, quando é o caso, do fiador. Os documentos solicitados variam de acordo com a situação empregatícia de cada interessado, sendo que ninguém pode ter pendências em seus nomes em órgãos como SPC e Serasa, nem processos judiciais em que sejam réus de ações. Além disso, é necessário comprovar renda mensal liquida que corresponda a 3 vezes o valor do aluguel. Caso sua renda não seja compatível, é possível optar pela composição de renda, incluindo familiares ou amigos no contrato de locação.

Na compra e venda de um imóvel a análise de crédito muda muito de acordo com a sua renda e relacionamento com o mercado. A partir da avaliação, poderá variar: a taxa de juros, a quantidade de parcelas e o valor liberado. O principal objetivo da avaliação é garantir que o banco receba o dinheiro liberado. Outro ponto é saber o número de dívidas que você tem com ele. Dessa forma, você não corre o risco de comprometer toda sua renda.

Como é feita a análise de crédito? 

Para a aprovação do crédito, além das informações pessoais também são levados em conta as condições do imóvel e o prazo para pagamento. Além de outros fatores como:

Avaliação de dados – Aqui, perfil financeiro e informações pessoais como CPF, profissão, nível de escolaridade, renda e, até mesmo, hábitos de consumo, podem ser analisados. 

Condições financeiras – A renda é o ponto fundamental. Não é possível comprometer um percentual muito alto das receitas do solicitante com empréstimos, por isso, é requerido o imposto de renda ou contracheque durante a análise.

Histórico – Seu histórico de pagamento em outros créditos já obtidos no mercado precisa ser positivo. Dessa forma, caso tenha feito algum financiamento no último ano e atrasado as parcelas ou não pagado pelo empréstimo, provavelmente terá dificuldades para conseguir um novo financiamento. Mas, caso tenha realizado os pagamentos em dia suas chances de ter o crédito aprovado aumentam. 

Restrições – Se o seu nome foi inserido no SPC é provável que o seu pedido de crédito seja recusado. A inscrição do CPF do consumidor no órgão pontua de forma negativa o cliente.

Valor e a finalidade do empréstimo – A instituição financeira também pode questionar a finalidade da sua busca de um financiamento. Para isso, será analisado se o bem buscado está dentro do seu perfil e da sua capacidade de pagamento, além de quanto do seu orçamento está sendo comprometido com aquele crédito.  

Como ser aprovado na análise de crédito? 

Como foi pontuado, algumas ações podem facilitar uma análise de crédito positiva, como ter o nome limpo. Em casos de solicitação de empréstimos, manter um bom relacionamento com a instituição financiadora pode ser uma maneira eficaz de conseguir vantagens na hora de fazer um financiamento. 

Também é recomendável fazer a análise de crédito antes mesmo de encontrar o imóvel ideal, pois isso permite uma busca mais assertiva e com maior capacidade de negociação, uma vez que você já sabe quanto de crédito terá à disposição. 

Todavia, existem muitos fatores que podem acabar complicando a aprovação de uma linha de crédito por parte das instituições financeiras. Essas razões podem acontecer por alguns fatores como:

Nome cadastrado em órgãos de proteção ao crédito – Como citado anteriormente, esse pode ser um empecilho para conseguir a aprovação do crédito. Para resolver, saiba qual empresa responsável pelo cadastro do seu nome. Entre em contato para negociar a dívida.  Se você não souber, entre em contato com o órgão de proteção do crédito, peça para identificarem a organização e quite o valor pendente, assim seu nome voltará a ficar limpo.

Problemas com a Receita Federal ou o INSS – Ter deixado de entregar alguma declaração de imposto de renda também pode ser um grande empecilho. Para resolver esse obstáculo procure o órgão em que você está cadastrado e faça uma rápida análise. Depois que tudo for solucionado você voltará a estar apto para a aprovação do crédito imobiliário ou outros empréstimos.  

Cadastro de emitentes em cheques sem fundo no banco central – Os nomes de clientes ligados ao Cadastro de Emitentes em Cheques Sem Fundo estão disponíveis para qualquer banco, logo, estará constado na análise, o que pode impedir o financiamento. Para resolver, você deve negociar o débito, realizando o pagamento da dívida com a empresa ou a pessoa para a qual foi passado o cheque sem fundo. Depois disso, o cheque é passado para a agência bancária, e você pode pedir a retirada do seu nome do CCF.  

Dados incorretos ou desatualizados – Como a instituição não pode comprovar a sua identidade ou, até mesmo, a renda familiar, é necessário conferir se está tudo correto antes de entregar os documentos.