Conseguir que os demais “comprem” as suas ideias é uma necessidade em qualquer setor de atuação.

No mundo do trabalho, o poder de convencimento depende de inúmeros fatores, como o seu nível hierárquico e a qualidade dos seus argumentos. Mas há uma variável de peso que costuma ser esquecida pela maioria das pessoas: a linguagem corporal.

Cuide da articulação das palavras

De acordo com Sharon Sayler, autora do livro “Seu corpo fala no trabalho” (Editora Vozes, 2013), forma também é conteúdo: um profissional dificilmente convencerá alguém de suas ideias se tiver uma má articulação ou uma cadência irregular na fala.

A especialista recomenda manter o som estável, deixando o queixo cair levemente ao final de cada frase. Também vale fazer pausas curtas onde entraria a vírgula, e pausas mais longas onde viria o ponto final. Nos intervalos maiores, relaxe e respire antes de retomar a palavra.

Sorria — sem exagerar

O sorriso é um instrumento poderoso nesse processo. “Funciona como um recado não-verbal de que você não tem nenhuma intenção agressiva na conversa”, explica o especialistaPaulo Sergio de Camargo. “Sem oferecer essa garantia, você dificilmente vai conseguir ganhar a confiança do outro”.

A recomendação, porém, proíbe exageros. Se você mostrar os dentes por um tempo muito longo, ou sem motivo, pode parecer pouco sincero.

Use a expressividade dos seus olhos

Em situações de trabalho, a maior parte das pessoas emprega o que Camargo chama de “olhar profissional”, isto é, mantém os olhos paralelos aos do interlocutor, com a visão fixa na região da testa. Essa forma de observar o outro transmite seriedade e profissionalismo.

Elimine pausas com “hum” e “ééé”

Segundo Sayler, pessoas que fazem pausas audíveis, como “hum” ou “ééé”, têm menos credibilidade do que aquelas que conseguem falar de forma contínua.

Assim, é fundamental eliminar ou reduzir a produção desses sons com a ajuda da linguagem corporal. Tente usar frases mais curtas e preencher os silêncios entre elas com um sorriso ou um gesto.


Fonte: Exame