Depois de um ano de instabilidade política e econômica, 2017 promete reservar boas surpresas para o mercado imobiliário. Exemplo disso é a redução da Selic, taxa básica de juros, alterada pela quarta vez pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. No dia 22 de fevereiro, a taxa foi reduzida de 13% para 12,25%, o que deve contribuir para a retomada do crescimento da economia, inclusive no segmento de imóveis.  
Conforme o Boletim Informativo Imobiliário da Caixa Econômica Federal, edição de janeiro, o mercado imobiliário registrou bons números já em dezembro de 2016. Foram financiados 20,4 mil imóveis nas modalidades de aquisição e construção, crescimento de 35,2% em relação aos 15,1 mil imóveis financiados em novembro.  
A Caixa Econômica, maior financiadora de imóveis do país, registrou em 2016 R$46,6 bilhões em financiamento imobiliário e aposta que 2017 será um ano melhor para os negócios imobiliários. 
Com o anúncio da redução da taxa de juros, o controle da inflação e o resgate da confiança do consumidor, o diretor da Redeplan Imobiliária, José Francisco Medeiros, já começa a vislumbrar bons negócios. 
– A redução da taxa básica de juros influencia muito nos negócios e já modificou a postura do mercado. Os construtores que, no ano passado, optaram por adiar os lançamentos por causa da alta taxa de juros, já anunciaram que os empreendimentos serão lançados este ano. Já observamos mudanças também nos clientes, que estão mais confiantes para investir – comenta Medeiros. 
O diretor destaca, ainda, que, embora 2016 tenha sido um ano delicado economicamente, a imobiliária conquistou bons resultados por causa do trabalho que foi intensificado. 
– No ano passado, tivemos um crescimento de 15%. Conquistamos esse resultado porque batemos recorde de produção tanto em qualidade como em quantidade de vendas. Trabalhamos três vezes mais para conseguirmos esse resultado positivo – enfatizou o diretor. 
Com os indícios de recuperação da economia, Medeiros espera que o resultado de 2017 seja ainda melhor. 
– Investimos em infraestrutura, marketing e aumentamos a nossa equipe de profissionais. Acreditamos que todas as adequações internas somadas às mudanças do mercado contribuirão para que tenhamos um ano muito positivo – afirma Medeiros, destacando que a expectativa é de 20 lançamentos imobiliários. 
Um deles já aconteceu. Trata-se do Vivenda Nobre, localizado no bairro Siderlândia, em Barra Mansa, um empreendimento da Construtora e Incorporadora Engemax, que também aposta em um ano promissor. 
– A economia está com fortes indícios de recuperação. Com o aumento da confiança no mercado nacional e incentivos do governo para a retomada do consumo em diversos setores da economia, os economistas garantem que 2017 será um ano promissor para o mercado imobiliário. E nós estamos confiantes – afirma a diretora da Engemax, Michelle Andrade Brum. 
Outro fator que demonstra a recuperação do mercado é a expectativa de crescimento do PIB, posto que desempenha o papel de medir o comportamento da economia brasileira, além de ser a junção de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro.
A perspectiva é favorável à indústria imobiliária, pois o Banco Central enxerga um cenário dessemelhante para 2017 e mais satisfatório do que o vivido pelos brasileiros em 2016. A instituição anunciou que o PIB deve crescer 1,3% em 2017.
Com boas perspectivas, a dica é se preparar para realizar bons negócios. 
Mudanças no “Minha Casa Minha Vida” também aquece o mercado
O anúncio do governo federal em tornar mais flexíveis as regras do programa Minha Casa Minha Vida terá como resultado imediato um maior acesso dos brasileiros ao programa habitacional. Com o reajuste das faixas de renda e também do limite de financiamento, um número maior de residências também poderá ser custeado. A meta é chegar a 610 mil unidades em 2017. Para poder financiar um apartamento pelo programa, o beneficiário precisa cumprir uma série de requisitos. O principal deles é a renda familiar. A partir dela, é definido os juros do financiamento, o prazo de pagamento e o tipo de imóvel.
As medidas anunciadas pelo governo mudam as regras para quem está nas faixas de renda 1,5, 2 e 3. Para se enquadrar na primeira faixa, a renda total da família precisa ser de até R$ 2,6 mil. Antes, esse limite era menor, de R$ 2,35 mil. Para os que se enquadram na faixa 2, agora é preciso ter uma renda de até R$ 4 mil. Antes dessas mudanças, o limite era de R$ 3,6 mil. Na faixa 3, esse teto de enquadramento subiu de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil. Na ponta do lápis, houve um reajuste de 7,69%.
Em Volta Redonda o Superintendente de Operações da Libe Construtora, Genésio Espirito Santo, responsável pela construção de um empreendimento dentro das regras do Programa Minha Casa Minha Vida, comemora as novas regras: “As novas regras vêm agregar a já sentida melhoria dos indicadores econômicos e no mercado de trabalho. Taxas de juros mais baixa e ampliação do teto de renda, dentro do Programa, beneficia diretamente as famílias que buscam adquirir o seu primeiro imóvel”. Sobre o setor imobiliário na região, Genésio Espirito Santo, fez o seguinte comentário: “Volta Redonda é um polo regional, e assim como as grandes cidades, sentiu fortemente os efeitos da crise. Entretanto, por ser urbanizada e com elevada capacidade de crescimento, o setor imobiliário da região deverá ser impulsionado consideravelmente dentro dos próximos meses. Assim, não há momento melhor para adquirir um imóvel do que agora. Isto porque as construtoras ainda mantêm condições excelentes de aquisição pelos consumidores”, afirma Genésio
A Libe Construtora é responsável pela entrega de mais de 4.000 unidades dentro do programa minha casa minha vida nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em Volta Redonda a Libe lançou o Residencial Vila Jardim, em construção no bairro Roma e oferece apartamentos que custam a partir de R$ 130 mil. É bom lembrar que os imóveis vendidos na planta tem preços mais baratos. 
O comprador pode adquirir o apartamento usando o FGTS como pagamento da entrada ou parte dela, financiar a entrada em 23 vezes e ainda ter, em uma promoção por tempo limitado, as gratuidades do ITBI (Imposto de Transferência de Bens Imóveis) do município de Volta Redonda e do registro do imóvel em cartório.
A faixa de renda foi expandida para até R$ 9 mil, para as famílias que se enquadram no programa de habitação federal.
Dados: Revista Exame e Boletim da Caixa Econômica Federal – edição de janeiro.