Seja para investir ou morar, analisar o valor do condomínio é uma tarefa que não pode ser adiada e, portanto, deve ser feita antes de se mudar ou de comprar o seu imóvel.

A antecipação no controle financeiro é fundamental para a saúde de qualquer condomínio, isso porque, uma má gestão pode dobrar o valor da taxa condominial e também da redução do valor das unidades. Esta desvalorização ocorre por conta da falta de manutenção, valores elevados de taxa condominial, dívidas trabalhistas, entre outros.

Analisar previamente o valor do condomínio é importante tanto para quem quer investir, pois é uma maneira de demonstrar cuidado, responsabilidade e transparência na sua gestão, quanto para quem quer morar, para que acompanhem como estão sendo gastos os valores pagos por meio da taxa condominial. Afinal, como diria o ditado, “o combinado é o combinado e não sai caro.” Logo, o que foi combinado anteriormente serve de guia para o que deve acontecer durante aquela prestação de serviço ou condições de compra.

Ainda assim, as taxas de condomínio podem sofrer algum tipo de reajuste e, esse reajuste pode ser necessário por diversos motivos, como aumento anual dos salários de funcionários, aumento no valor das contas de água ou luz e outros imprevistos que podem ocorrer anualmente.

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Para entender por que essa revisão acontece é preciso antes compreender o que é e o que compõe a taxa de condomínio, como pode ser realizado seu pagamento e como é calculado o valor da taxa.

A taxa de condomínio nada mais é que um valor a ser pago por todos os moradores de um condomínio mensalmente. Ela é importante para o bom funcionamento de um local, seja ele residencial ou comercial, e considera aspectos importantes como: limpeza, sistemas de segurança, quitação de débitos, manutenção das áreas comuns do prédio, impostos, contas de água, contas de luz e pagamento de porteiros, zeladores e demais funcionários.

O custo da taxa de condomínio pode ser cobrada de forma fixa, ou seja, um valor fixo que é definido em uma assembleia pelo síndico e aprovado pelos moradores. O síndico calcula o valor de todas as despesas – e até mesmo algumas interferências que julgue ser necessárias, e divide pelo número de imóveis. Esse valor também pode ser feito por rateio, aqui são calculadas todas as despesas do condomínio no mês anterior e o custo é dividido pela quantidade de apartamentos.

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Para calcular a taxa de rateio, são analisadas as despesas do mês anterior, dividindo-as pelo número de unidades. Já para calcular a taxa fixa, o processo é quase o mesmo, porém, em vez de analisar apenas o mês anterior, são analisados vários meses.

A taxa de condomínio pode ser calculada ainda por quota. Isso acontece quando os apartamentos não são padronizados e apresentam características distintas. Por exemplo: alguns apartamentos apresentam 3 quartos, enquanto outros 2 ou alguns moradores possuem mais vagas de garagem que outros ou, ainda, em caso de cobertura, essa pode ter piscina enquanto os demais apartamentos não.

Esses exemplos mostram que alguns moradores podem ocupar um maior espaço no condomínio ou ter um gasto maior de água – como no caso de apartamentos com piscina. Portanto, nesses casos o valor da taxa pode ser calculado normalmente, mas, a divisão é feita de forma proporcional. Frequentemente, essa proporção é feita de acordo com o tamanho de cada apartamento, uma vez que, se entende que quanto maior for o imóvel, maior será o consumo, logo, maior será a taxa a ser paga. Essa forma de divisão proporcional é embasado na Convenção de Condomínio, um documento que dita as regras do condomínio. Ele apresenta a fração ideal de cada unidade residencial ou comercial. Essa fração significa a proporção de cada unidade já calculada. Todavia, alguns moradores podem alegar que o tamanho da unidade não interfere no consumo, pois um apartamento maior pode ter menos moradores do que um apartamento menor e, assim, apresentar um menor consumo. Dessa forma, muitas vezes a taxa de condomínio pode ser composta pela junção das diversas opções de cálculo. Essa decisão é tomada conjuntamente pelo síndico e pelos moradores na assembleia de condomínio.

Vale ressaltar que a taxa de condomínio deve ser paga mesmo quando o imóvel está desocupado. A inadimplência prejudica o condomínio, que pode ficar endividado, gerando o direito de cobrar judicialmente o responsável pelo imóvel.

Quanto à possibilidade de redução no valor da taxa de condomínio, ela só ocorre caso haja uma revisão dos gastos do condomínio periodicamente e se verifique algumas despesas que possam ser evitadas ou reduzidas. Mas, independentemente de qual seja a situação, todos os cortes de gastos devem ser feitos sempre que possível, mas nunca eliminando a qualidade dos processos, como no caso de segurança, limpeza, reparos e reformas.

Conseguiu compreender como funciona a elaboração da taxa de condomínio e a sua importância para um prédio? Se você está procurando um imóvel para alugar ou comprar, vale levar em consideração que o condomínio geralmente é mais caro para prédios com poucos apartamentos. Por isso, caso deseje pagar uma taxa mais baixa, procure condomínios com as mesmas características – área de lazer, vagas de garagem, entre outros – porém com mais unidades, pois assim os gastos serão divididos por mais pessoas.